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Iconografia da Natividade


Desejo a todos um Feliz Natal!

E para começarmos as festividades, que tal um pouco de arte e iconografia?!


🎨Você sabia? A Natividade, nascimento de Jesus, se torna uma adoração no final da Idade Média.


Admite-se que Maria teria tido o privilégio de dar à luz sem sofrimento. No afresco, seu semblante não é de fadiga, não está pálida nem com necessidade de se deitar. Está plena, ajoelhada diante do Menino recém-nascido.


O Menino Jesus está nu, luminoso, deitado sobre um feixe de palha coberto por um manto. Sua auréola em cruz faz alusão à Paixão.

Ajoelhado ao lado com um cajado na mão está São José. Apesar de não ser pastor, seu cajado na cena faz referência ao fato de ter sido o único que floresceu, ao passo que os outros pretendentes à mão de Maria tiveram seus bastões quebrados por permanecerem secos.


Ao lado de São José encontram-se dois anjos adoradores, e a cima estão os anjos que cantam Gloria in excelsis. A presença dos pastores nesta cena faz dela a mistura das passagens da Natividade com A Adoração dos Pastores no Estábulo de Belém. Estão em dois, assim como os outros membros do plano principal do afresco.


Os animais também participam da adoração. Assim como a virgem e os anjos, o boi e a mula estão de joelhos. De forma a se cumprir o que havia sido anunciado pelo profeta Isaías: “O boi conhece o seu senhor, e o jumento o estábulo do seu dono”. (Isaías 1:3)


Afresco: Pinturicchio: A Natividade. Apartamento Borgia, Vaticano.


Fonte: BUARQUE, Bárbara Lopes. Apartamento Borgia: o uso da arte como afirmação do poder papal

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